Bikini Moon | Diretor Milcho Manchevski vem ao Brasil para estreia mundial do filme na Mostra SP

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Candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e ganhador do Leão de Ouro, em Veneza, com o filme “ANTES DA CHUVA”, o diretor da Macedônia Milcho Manchevski está de malas prontas para o Brasil. Manchevski participará da estreia mundial do seu mais recente trabalho, “BIKINI MOON”, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece até o dia 1º de novembro. O drama protagonizado por Condola Rashad traz a história de Bikini, uma carismática sem-teto que chama a atenção de uma equipe de documentaristas.

Os produtores se interessam pelo humor afiado e provocativo de Bikini durante sua entrevista em um centro de apoio aos sem-teto, em Nova York. A partir daí, a produtora Kate Skyler (Sarah Goldberg) convence o diretor e namorado Trevor Hood (Will Janowitz) a, através do projeto, ajudar a moça a voltar aos eixos. Contado a partir de pontos de vista – dos documentaristas e de Bikini, o longa traz uma estrutura de “filme dentro do filme” que vai além da trama, com o objetivo de descompactar e examinar o jeito que a humanidade observa o mundo por meio da mídia.

– No filme, eu estou tentando explorar a natureza da verdade como é vista nos meios de comunicação de hoje. Quando assistimos a um documentário, ele é verdadeiro? Os realities shows são de verdade? Quando assistimos a um pequeno trecho de algo no Youtube, quanto disso é uma questão de contexto? Se por um lado, estamos ficando mais exigentes sobre a verdade, por outro, nós somos mais presunçosos porque agora as pessoas falam que vivem na era da pós-verdade. Notícias falsas tornaram-se onipresentes. Ainda assim, tudo isso só importa somente quando existe uma história humana real no coração disso tudo – explica o diretor.

Documentar a vida de Bikini a partir do ponto de vista da personagem, sem julgamentos, e, muitas vezes, de maneira assustadora e fantástica, exigiu um trabalho extra do elenco. Para o papel da protagonista, Manchovski, que assina o roteiro ao lado de Will P. Rosenthal, não tinha nenhuma atriz em mente durante o processo de escrita. “Mas Condola foi a melhor”, elogia. “Ela se jogou sem medo, como se estivesse num bungee jump sem corda. Sua arte e suas nuances são espetaculares”, completou.

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