Crítica | John Wick – Um Novo Dia Para Matar

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Continuação do despretensioso, mas excelente, “De Volta ao Jogo” (2014), o novo filme da franquia coloca Keanu Reeves pra matar outras centenas de caras maus por um motivo pouco plausível. E não poderia ser melhor.

Desde o filme original, os diretores Chad Stahelski David Leitch se propuseram a trazer de volta às telonas bons filmes de ação. Filmes daqueles em que a porrada e a bala correm soltas com o mínimo de roteiro e diálogo, fazendo com que você se grude na cadeira do cinema a cada pontapé do protagonista.,

No novo filme, após recuperar seu carro, John acredita que enfim poderá se aposentar. Entretanto, a reaparição de Santino D’Antonio (Riccardo Scarmacio) atrapalha seus planos. Dono de uma promissória em nome de Wick, por ele usada para deixar o posto de assassino profissional da Alta Cúpula, Santino cobra a dívida existente e insiste para que ele mate sua própria irmã, Gianna (Claudia Gerini). O ato dá início a uma verdadeira guerra em que somente o mais letal assassino sobreviverá.

Claro que não havia nome melhor para isso que Keanu Reeves. O astro de cinema já tem notório saber em artes marciais e apresenta coreografias impressionantes e golpes muito bem aplicados, dando uma verossimilhança brutal a cada cena de luta. Nem de longe Reeves apresenta a energia e disposição dos seus 52 anos. Parece que temos um novo Bruce Willis em Hollywood.

Diferente dos famosos filmes de Steven Seagal, Wick tanto bate quanto apanha. Na verdade apanha MUITO também. Digamos que o mercenário é um verdadeiro saco de pancada ambulante. As cenas são bem feitas, longas e violentas, o que pode impressionar os expectadores mais fracos.

Em contraste com o que vimos na jornada solitária do protagonista em “De Volta ao Jogo”, na nova empreitada John usa seus privilégios enquanto membro da Alta Cúpula dos assassinos em sua nova missão. São armas, hotéis e diversos outros serviços à disposição do mercenário que trata toda a situação com o mais alto profissionalismo. Desta forma, a Alta Cúpula não só é mais bem explicada na nova produção, como ganha ramificações, em âmbito mundial. Além disso, também somos apresentados às regras pelas quais os assassinos se pautam de maneira a resguardar a integridade da organização. Tudo com uma sutileza digna de filmes bem elaborados.

Outro fato interessantíssimo acerca do filme é que na continuação somos presenteados com o reencontro mais que bem vindo entre Keanu e Laurence Fishburne, pela primeira vez reunidos no cinema após a trilogia Matrix. Impossível não perceber o clima saudosista na sala de cinema durante esses momentos.

Com uma narrativa mais complexa, porém menos emocional, “John Wick: Um Novo Dia Para Matar” mantém o ritmo, a violência e a expressividade esperada por quem busca nas telonas um bom filme de ação. No filme, vemos a simplicidade do roteiro tratada com seriedade (ponto para Stahelski) e cenas bem construídas transformando o que poderia ser apenas mais um filme violento em uma excelente produção que remete à era de ouro do gênero. Vale, e como vale, o ingresso.

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