Sequência de Deus Não Está Morto enfatiza os aspectos históricos da existência de Cristo

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Deus Não Está Morto 2 (God’s Not Dead 2) estreou no Brasil em abril e tem como objetivo sustentar o sucesso do primeiro filme da franquia. O longa original, produzido com o pífio orçamento de US$ 2 milhões, conseguiu faturar US$ 60 milhões apenas nos Estados Unidos. No Brasil, mesmo sendo disponibilizada simultaneamente para as telonas e na netflix, a primeira produção levou mais de 250 mil brasileiros aos cinemas.

Além de um aporte de produção maior – em torno de US$ 5 milhões – a sequência conta também com um elenco mais experiente, tendo como protagonistas Melissa Joan Hart (Sabrina, aprendiz de feiticeira) e Jesse Metcalfe (Desperate Housewives), além de um time de veteranos, como Ernie Hudson (Os Caça-Fantasmas), Ray Wise (X-Men – Primeira Classe) e David A. R. White (Bells of Innocence).

O filme conta a história de Grace Wesley (Melissa), professora cristã que leciona história em uma escola americana de ensino médio. Durante uma de suas aulas, Grace responde uma pergunta da aluna Brooke Thawley (Hayley Orrantia) acerca de Jesus Cristo, o que lhe ocasiona um problema com a direção da escola por ferir as diretrizes do conselho escolar. Após se recusar a pedir desculpas, a professora é processada pelos pais da aluna e encontra no advogado Tom Endler (Jesse Metcalfe) a esperança de não perder tudo que construiu.

Com um início bem fraco, a narrativa demora a cativar o espectador e apresenta uma enxurrada de clichês e frases de efeito. Porém, com pouco mais de 30 minutos, a história toma forma e os elementos narrativos vão se tornando mais densos, trazendo questionamentos e argumentos embasados em casos reais da justiça americana. São realizados embates acerca de temas como a existência de Cristo, a separação entre igreja e Estado e até onde uma pessoa deve professar sua fé durante o exercício da profissão. Tendencioso, o filme deixa claro seu objetivo: chamar a atenção dos cristãos ao que seria o início de uma perseguição judicial às práticas cristãs.

O roteiro da sequência parece ter sido pensado como continuação dos argumentos apresentados no primeiro filme. Enquanto no original o aluno Josh Wheaton (Shane Harper) deve convencer filosoficamente e cientificamente seu arrogante professor (Kevin Sorbo) da existência de Deus, a argumentação do segundo longa acontece no âmbito histórico e na esfera legal. Durante os 121 minutos de filme, Grace e Endler abarrotam o tribunal de provas incontestáveis da existência e crucificação de Jesus Cristo. São argumentos que vão desde estudos históricos de famosos cientistas ateus a métodos de análise do discurso utilizados para verificar a autenticidade da mensagem dos apóstolos.

Conclusão – Deus Não Está Morto 2 é um filme feito por Cristãos e para Cristãos. Os princípios, a ideologia e a fé Cristã permeiam todos os aspectos da narrativa, desde a concepção de personagens caricatos ao encadeamento lógico dos argumentos usados no tribunal. Entretanto, a profundidade e complexidade com que os temas do filme são apresentados e discutidos pode interessar até mesmo os espectadores mais distantes da religião. Ao falar sobre um Jesus real e histórico e como a fé permeia não só a prática profissional, mas todos os âmbitos da vida de uma pessoa, o longa é um filme maduro e que não deixa de cumprir seu papel: levar a mensagem de que Nietzsche errou, Deus não está morto, ele certamente vive.

 

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