Crítica | Demolidor – 3ª temporada

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A terceira temporada de Demolidor não demora muito para comprovar o que faz da série do herói cego tão superior às demais da parceria Marvel/Netflix: roteiro incrível, boas atuações e lutas de cair o queixo. Mas, na verdade, não é tão simples assim.

Em sua primeira temporada, Demolidor lembrava um pouco o estilo do Batman de Christopher Nolan no que diz respeito a ser uma trama de super-heróis mais com o pé no chão. Diga-se de passagem, era até mais crível que o Batman de Nolan, não entrando nos detalhes dos poderes do Homem sem Medo e se concentrando na vida pessoal de Matt Murdock e seu inimigo, Wilson Fisk. Estava mais para uma história policial do que uma série de super-heróis.

A segunda temporada, com a entrada do Justiceiro, Elektra e Tentáculo, ficou mais com cara de quadrinhos e acabou caindo um pouco, não por causa disso, mas sim pelo uso equivocado de Elektra, essa personagem maravilhosa que parece amaldiçoada a nunca mais ser retratada direito em qualquer mídia.

Com a terceira temporada, o equilibro foi alcançado de forma assombrosa. Voltamos a ter um enredo pé no chão, com a cidade sendo tão personagem quanto os heróis e vilões, mas com uma pegada mais super-herói, principalmente nas lutas. Pobre Matt, nunca apanhou tanto!

Nem tudo é perfeito, é claro! O começo, com um Matt Murdock desmotivado e perdido soa um tanto forçado. Parece que o personagem está em queda antes dos acontecimentos que deveriam levar a essa queda. Mas conforme a temporada progride cada vez melhor, até esquecemos desse início um pouco fora de contexto.

As lutas, nunca estiveram melhor, nos tirando o fôlego. A volta de Vincent D’Onofrio como Rei do Crime dá um peso gigantesco a tudo. Ele é o melhor ator em um programa com grandes atuações. Não é surpresa que volte a dividir o protagonismo com Murdock.

Outro acerto da temporada é na diminuição de subtramas, praticamente tudo aponta para o mesmo caminho: a luta contra Fisk. E isso se reflete nos principais coadjuvantes: Karen Page (Deborah Ann Woll) e Foggy Nelson (Elden Henson), diferentes dos quadrinhos, mas em versões que os tornam muito mais interessantes.

Charlie Cox continua a passar a dor, cinismo e cabeça dura do Demolidor, mas desta vez fica ofuscado na ação por Wilson Bethel, que interpreta Benjamin ‘Dex’ Poindexter, a versão da série para o Mercenário. Diga-se de passagem, o ator, que quase foi o Capitão América nos cinemas, também entra na lista das boas interpretações.

Em meio a tantos acertos, a melhor coisa da temporada foi a maneira como conseguiram pegar elementos de clássicos como A Queda de Murdock, O Diabo da Guarda e a fase de Ann Nocenti, e misturar tudo a novas ideias e conceitos, criando uma das melhores histórias do Demolidor em qualquer formato, tornando os personagens mais profundos e sendo fiel a essência de cada um deles. A melhor forma de adaptação possível: filtrar o que funcionou melhor por décadas nas HQs e inserir isso no contexto atual.

Com Punho de Ferro e Luke Cage cancelados, não é exagero dizer que, se esta for a última temporada de Demolidor, tivemos um final com chave de ouro, fechando as pontas deixadas desde o começo da série.

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