Crítica | Venom

Array
Publicidade

[et_pb_section bb_built=”1″][et_pb_row][et_pb_column type=”4_4″][et_pb_text]

Hoje em dia temos filmes baseados em quadrinhos estreando nos cinemas com uma frequência assustadora. Somente nesse ano vamos ter um total de 6 grandes produções envolvendo super-heróis, o número sobe para 8 se contarmos animações como Jovens Titãs em ação e Homem-Aranha no Aranhaverso, que estreia em dezembro nos Estados Unidos. Se a Fox não tivesse adiado seus dois filmes de equipes mutantes (Novos Mutantes e X-Men: Fênix Negra), seriam 11 longas, deixando uma margem de apenas um mês sem o gênero nas telonas. Mas é importante lembrar que houve um tempo não tão distante que homens vestidos de uniformes coloridos ainda não formavam um gênero dentro de Hollywood e os estúdios pareciam perdidos na hora de adaptar HQs. Ao assistir Venom, o público entra em uma máquina do tempo, mas não para um futuro promissor onde as coisas parecem mais evoluídas, ao invés disso somos transportados diretamente para o fim dos anos 90, quando tudo era muito confuso e, inevitavelmente, pior.

O filme se passa em São Francisco, onde somos apresentados à Fundação Vida, uma instituição que busca explorar o espaço para ajudar a humanidade. O grande problema é que a empresa também trouxe espécime alienígenas em sua última expedição. Temos então o protagonista Eddie Brock (Tom Hardy), um jornalista investigativo que mostra o descaso das autoridades e grandes corporações com o povo de São Francisco. Eddie é incumbido de entrevistar Carlton Drake, CEO da Fundação Vida, de uma maneira leve e sem acusá-lo de nada. Obviamente, Brock não consegue fazer isso e acaba denunciando Drake de matar pessoas em experimentos. Em um salto de 6 meses vemos que o jornalista perdeu tudo, enquanto o empresário avançou em seus experimentos com os simbiontes que achou no espaço.

Apesar de uma descrição precisa da introdução do filme, é difícil passar a ideia de trama apenas pela sinopse. Um dos motivos para isso é justamente a falta de um ritmo e narrativa constantes em Venom. Enquanto estamos na parte de investigação e apresentação dos personagens, o longa parece um filme de terror de baixo orçamento dos anos 1990. Não existe construção de personagens, nem profundidade para a trama, as coisas simplesmente acontecem para que o filme siga sem qualquer tipo de pausa.

No segundo ato, quando Venom finalmente vira um personagem, o filme passa a ser de uma ação desenfreada que busca a todo momento ser épica, seja através dos pífios efeitos especiais ou da trilha, que, apesar de grandiosa, não dialoga com as cenas em que é aplicada. O Simbionte passa a se comunicar dentro da cabeça de Eddie, que sente estar enlouquecendo, até perceber que a criatura possui uma consciência própria.

A vantagem dessa longa sequência de ação é que ela permite que Tom Hardy tente salvar o filme. O ator passa uma loucura com bastante humor negro, mas infelizmente o filme não segue essa mesma linha e foi bem comum ver pessoas rindo na sala de cinema em cenas que sequer eram de humor.

Em sua conclusão, o filme se torna então um filme de super-herói, com todo e qualquer empecilho ou ponta solta completamente esquecidos apenas para resolver o problema principal da trama. Talvez seja o momento em que os efeitos especiais mais deveriam se destacar, mas na verdade é algo terrível de se presenciar.

Venom é um filme muito ruim em todas as vertentes que tenta atingir e talvez por isso esteja sendo colocado no mesmo patamar de obras horrendas como Mulher Gato, Lanterna Verde e Motoqueiro Fantasma. Eu seria um pouco mais pessimista, no sentido mercadológico, e colocaria Venom como Esquadrão Suicida, um filme péssimo, mas que vai fazer muito dinheiro.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]

Última Notícia

Mais recentes

Publicidade

Você também pode gostar: