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Fins de relacionamentos são muito complicados. Quanto maior o tempo, mais difícil é o término com alguém que você ama ou amava. Em momentos assim, nós ficamos frágeis e muitas vezes enxergamos as coisas de uma maneira mais romantizada do que elas realmente são. Tem vezes que vemos o antigo namoro como a melhor coisa do mundo ou até mesmo projetamos essa perfeição para futuras relações. E é justamente nesse bagunçado mundo sentimental que O Homem Perfeito chega aos cinemas brasileiros.
Na trama do filme nacional, acompanhamos Diana, interpretada por Luana Piovani, uma escritora que escreve biografias de celebridades sem ser creditada, o famoso “ghost writing”. A personagem tem sua vida virada de cabeça pra baixo quando seu marido, Rodrigo, interpretado por Marco Luque, revela que se envolveu com outra pessoa e que o casamento dos dois chegou ao fim.
Ao mesmo tempo em que sua vida pessoal está totalmente revirada, Diana é compelida a escrever a biografia de Caíque (Sérgio Guizé), um rockeiro com péssimo histórico de alcoolismo, machismo e vida sexual desvairada. Como se não tivesse problemas o suficiente, a escritora decide criar um perfil falso para seduzir Mel (Juliana Paiva), a atual namorada de seu ex.
Com uma história simples e nada inovadora, O Homem Perfeito segue seu caminho seguro para ser uma comédia padrão. A presença de dois comediantes famosos como Marco Luque e Eduardo Sterblitch ainda provoca certos momentos fora da curva, mas nada que torne o filme memorável.
O grande ponto desse filme é utilizar Luana Piovani como uma mulher real, longe do padrão de mulher idealizada como geralmente a atriz é colocada. Ao mesmo tempo em que permite uma dinâmica nova para Luana, ajuda a construir uma personagem feminina mais humana, com falhas e inseguranças.
Sérgio Guizé rouba a cena como Caíque, que parece muito inspirados em alguns músicos brasileiros. A interação com Diana é o que conduz o filme de verdade, mais do que a própria obsessão da escritora com seu ex.
A mensagem do filme de que pessoas perfeitas não existem, mas de que evoluímos como seres humanos e encontramos pessoas que se encaixam conosco no momento que estamos passando é muito boa, mas acaba se perdendo na falta de uma abordagem mais profunda.
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