Crítica | Atypical – 2ª Temporada

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A Netflix é conhecida por em suas séries originais abordar problemáticas e temas delicados, sendo de maneira mais incisiva como em “13 Reasons Why”, ou de forma mais sensível e branda como “Atypical”.

“Atypical” teve sua segunda temporada liberada na Netflix no dia 7 de setembro, trazendo novas reflexões e ensinamentos do jovem Sam Gardner (Keir Gilchrist). E posso afirmar sem nenhuma dúvida: é impossível não se encantar.

Na primeira temporada conhecemos a adorável família Gardner e vimos como Sam (‎Keir Gilchrist)‎ lida com as adversidades naturais da adolescência com seu olhar peculiar. Já na segunda temporada, aprofundamos mais nas histórias de outros personagens e de como eles lidam com as próprias dúvidas, problemas e erros. Mas tudo isso sem sair da problemática principal, que é as adversidades enfrentadas por alguém com autismo.

O roteiro é delicado e não há discrepância entre as  temporadas. Atypical continua falando do autismo de maneira sensível, humana e divertida. Assim como na primeira temporada, a série balanceia bem os momentos dramáticos e cômicos, o que torna a série fácil de assistir.

Na primeira temporada, acompanhamos Sam lidar com problemas de relacionamento, bullying e desilusões amorosas, mas agora vemos o personagem tomando decisões mais difíceis, saindo totalmente de sua zona de conforto e da “bolha” criada por sua família.



Um destaque bem legal é a divertida amizade de Sam e seu colega de trabalho Zahid (Nik Dodani) que apesar dos seus conselhos um tanto toscos, mostra que realmente se importa com o amigo e é um forte para ele nos momentos difíceis. Isso é um dos pontos fortes da série: podemos conhecer mais sobre os outros personagens, que nos envolvem em narrativas paralelas que se entrelaçam na narrativa principal da série.

Um exemplo claro é Elsa (Jennifer Jason Leigh), que passa toda a temporada tentando se redimir por ter traído seu marido. A raiva que sentimos dela na primeira temporada da série muitas vezes acaba dando lugar a pena que sentimos pela personagem que a todo custo tenta recuperar o amor do marido e o respeito dos filhos.

No começo da temporada encaramos a família escondendo a crise de Sam, mas quando ele descobre, não há uma discussão mais profunda sobre o assunto, nem uma crise, senti falta disso.

A relação entre os irmãos também é algo bem bonito de se ver: Casey (Brigette Lundy-Paine) no início soa um pouco prepotente e egoísta, mas acaba enfrentando seus próprios dramas, invertendo o cenário da primeira temporada em que a vemos como uma figura protetora do irmão e agora amparada por ele,gerando até um momento bem fofo entre dois em que Sam diz “sou seu irmão mais velho. Também posso cuidar de você às vezes.” <3

Ainda tem muito pano pra manga para uma terceira temporada, vamos esperar para saber mais sobre o relacionamento entre Casey e Izzie (Fivel Stewart), que foi uma abordagem interessante, já que bissexualidade é um assunto ainda pouco abordado em séries familiares. A fofa (e inesperada) declaração de Sam para Paige (Jenna Boyd) é algo que também vamos ver na próxima temporada, assim como seus primeiros dias na faculdade.

“Atypical” é uma série muito bem escrita que mostra uma condição médica que ainda não foi abordada, tirando muitos da ignorância sobre o autismo e de como lidar com essas pessoas. Didática, divertida e cativante, “Atypical” é uma série para pessoas de todas as idades, que não só não nos dá lições sobre autismo, mas também sobre amor, amizade, fraternidade, tolerância e de como todos temos que superar nossos próprios desafios contando com aqueles que estão no nosso lado. Ah! Você também vai aprender muito mais sobre pinguins e a vida no Ártico.

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