Crítica | Meu Ex é um Espião

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Filmes de espionagem sempre estiveram em alta em Hollywood. Não é de hoje que a temática se tornou um subgênero dentro do thriller de ação e, exatamente por conta disso, que precisa se reinventar a todo tempo para fugir da obviedade e os eventuais clichês que 007 ajudou a estabelecer. Eis então que o gênero tem ganhado força se abraçando na comédia, como foram os casos de ‘Kingsman’, ‘A Espiã Que Sabia de Menos’, ‘O Agente da U.N.C.L.E.’ e muitos outros. Mas será mesmo que a fuga do clichê não se tornou, de fato, o clichê em si?

Essa é a maior aposta de ‘Meu Ex É Um Espião’ (The Spy Who Dumped Me), que mescla muito bem a comédia pastelão com a ação clichê. Porém, o peso não está igual para os dois lados. Em determinados momentos, o humor consegue se sobressair, muito devido as protagonistas vividas por Mila Kunis (Amizade Colorida) e Kate McKinnon (Caça-Fantasmas) que, além de hilárias como de costume, ainda possuem uma excelente química em cena, nos fazendo comprar facilmente a amizade maluca que possuem e aceitando que tudo que passaram seria viável dentro dessa parceria.

A premissa é bem simples: duas melhores amigas veem suas vidas mudarem da noite para o dia, quando o ex-namorado de Audrey (Kunis) chega à sua porta com um grupo implacável de assassinos. Para sua surpresa, seu ex era um temido agente da CIA – e ela e Morgan (McKinnon) são envolvidas numa teia clássica de espionagem internacional enquanto tentam fugir dos criminosos que as perseguem.

Antes mesmo da comédia assumir o controle, o longa abre com uma impressionante cena de ação digna de filmes da franquia ‘Missão Impossível’ (aliás, diga-se de passagem, claramente serviu de inspiração aqui), estrelada por Justin Theroux (The Leftovers), que já mostra que, apesar da proposta de ser um filme “leve”, este conta com cenas pesadas de violência e sangue, já que a diretora Susanna Fogel prova não ter pena de mostrar mortes de inocentes, consequências de confrontos em lugares públicos, diferente de muitos filmes que aliviam essa parte.

E por falar na direção, Fogel (criadora da série de TV ‘Lutando Pela Vida’ e diretora do filme ‘Entre Parceiras’) faz um trabalho bem dedicado. A câmera acompanha perfeitamente os dublês nas cenas de perseguição e fuga, além proporcionar belos enquadramentos, o que demonstra grande habilidade, mesmo tendo pouca experiência com filmes do gênero.

No entanto, como nem tudo são flores, o roteiro fraco se inspira em tudo que deu certo em outros filmes e seriados semelhantes, como a incessante busca por um pen drive que pode “salvar o mundo” e a assassina estereotipada e extravagante, ligada à moda, que fala pouco e tem sangue frio. Parte da história claramente inserida a partir do segundo ato para aumentar a sensação de perigo para as protagonistas, porém, as situações com a criminosa e ex-ginasta romena, beiram ao ridículo e não agregam valor (e nem tensão) ao filme.

Com boas cenas de ação e humor não tão bom assim, ‘Meu Ex É Um Espião’ acaba se tornando uma comédia que, de tanto que se inspirou, perdeu a inspiração. Nem o carisma de Mila Kunis salva o filme da mesmice.

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