Motivos para NÃO assistir Insatiable, nova comédia da Netflix

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A Netflix lançou na última sexta, 10 de agosto, sua nova série de comédia, Insatiable, que antes mesmo da estreia já estava cercada de polêmicas, chegando até mesmo a motivar uma petição online que ultrapassou 120 mil assinaturas para que não fosse lançada.

A sinopse da série diz: “Um advogado insatisfeito com sua vida acaba se tornando um treinador em um concurso de beleza. Lá, ele acompanha uma adolescente tímida, que sonha em ganhar a competição. O advogado só não imagina que a jovem planeja se vingar de todos os colegas que já zombaram dela.”

Bem, não explicou nada essa sinopse né. Em suma, a série conta a história de Patty, interpretada por Debby Ryan, que era gorda e por isso sofria muito bullying. Após um acidente, Patty emagrece e quer se vingar de todos que já a fizeram mal alguma vez na sua vida. Nesse caminho, encontra Bob Armstrong (Dallas Roberts), um advogado cuja verdadeira paixão é treinar meninas para participar de concurso de beleza, e ver em Patty potencial para concorrer.

Em tempos de Peak TV e com tanto conteúdo para se escolher na hora de assistir vou listar alguns motivos para você pular essa série (por mais que o algoritmo tente te fazer assistir a todo custo) e procurar algo melhor.

  1. Roteiro inconsistente

Insatiable se vende como uma “comédia de vingança obscura” e não entrega a sua premissa básica, fazer rir. As piadas são forçadas, por vezes desnecessárias e para conseguir completar os 12 episódios encomendados cria elementos inusitados, que se você demorar um pouco para apertar o play entre um episódio e outro pode achar que estar assistindo outra série ou que pulou algum episódio.

Em alguns momentos, a série ameaça tratar com seriedade algum tema, que possivelmente já tenha sido banalizado anteriormente no roteiro, e quando você pensa que vai se redimir….puff, volte cinco casas.

  1. Atuações sofríveis

Debby Ryan e Dallas Roberts dividem o protagonismo da série. No decorrer dos episódios você vai perceber que tem muita vingança de Bob envolvida também, e talvez por isso os dois se identificam tanto. E nesse segundo ponto talvez a culpa nem seja tanto dos atores, mas um fruto do que falei no primeiro ponto: um roteiro vazio e perdido não tem como guiar o elenco por um caminho diferente, se não o da mediocridade.

Alyssa Milano, Kimmy Shields, Christopher Gorham, Sarah Colonna completam o time, com personagens coadjuvantes igualmente perdidos na confusão do texto, com plots desnecessários e sumiços repentinos.

  1. Irresponsabilidade ao tratar assuntos importantes

Esse deveria ser o primeiro ponto, mas como eu corria o risco de você abandonar a leitura logo no início resolvi deixa-lo para o final, e será o que mais vou gastar tempo.

Enganava-se quem achava que o único problema de Insatiable estava na gordofobia. Não dei muita importância quando começaram as polêmicas ou petições e resolvi dar uma chance para a série para tomar as minhas conclusões, torcendo para que todos estivessem enganados e a Netflix desse a volta por cima.

A Netflix chegou a se pronuncia afirmando que “Lauren Goose, que é a criadora, percebeu de forma muito sensível como explorar essas questões com base em suas próprias experiências, mas de uma forma satírica.”, porém acho que a parte do “muito sensível” é exagero por parte da plataforma, pois em momento algum percebe-se sensibilidade ao tratar dos assuntos.

O que me assustou é que a série vem da mesma plataforma que levantou a bandeira contra o bullying e suscitou discussões sobre assédio, homofobia, e tantos outros no ambiente escolar com 13 Reasons Why. Com Insatiable, a Netflix joga fora todo o discurso envolvido em 13 RW.

Patty sofria bullying enquanto era gorda e virou uma vencedora após emagrecer, sendo querida por todos, despertando interesses amorosos. Mais a frente a série afirma que tudo de ruim que a personagem fazia era derivado da sua gordura, como um demônio interior, com direito a exorcismo.

Além disso a série trata o assédio, pedofilia, a separação dos pais, a orientação sexual, assuntos que são delicados e que tantos adolescentes (que é o público alvo da série) enfrentam, são tratados de maneira irresponsável e repito, jogando fora todo o discurso gasto pela Netflix nas duas temporadas de 13 Reasons Why – apesar que a segunda temporada foi irresponsável também, e falamos sobre isso nesse post aqui.

Ah, se você não acha que a série pode ser tão ruim assim, tente assistir o piloto e conseguirá identificar de cara esses três pontos, o que é contraditório já que o primeiro episódio, geralmente, é feito para vender a série.

Se você se convenceu de não assistir a série avance com tranquilidade para a sua próxima maratona. Se você ainda assim vai assistir a série, conta aqui depois o que achou.

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