7ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega ao Rio

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Após a realização de sua sétima edição em São Paulo, que exibiu 121 filmes de 31 diferentes países (todos os continentes estavam representados), atingiu público espectador de mais de 23 mil pessoas e ocupou, durante as duas primeiras semanas de junho, 32 salas de cinema na cidade, a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, mais importante evento sul-americano dedicado à temática socioambiental, faz, pela primeira vez, uma itinerância na cidade do Rio de Janeiro. O evento é uma realização da ONG Ecofalante, em correalização com o Centro Cultural Banco do Brasil, Cine Arte UFF e a UFRJ. Ele conta com o apoio do ICS – Instituto Clima e Sociedade e White Martins.

Entre os dias 1 a 13 de agosto, o festival ocupa a sala de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil e, de 2 a 8 de agosto, o Cine Arte UFF. Sessões também ocorrem na UFRJ – Campus Praia Vermelha (em parceria com o cineclube Pedagogias da Imagem), nos dias 7, 14 e 21 de agosto. As sessões e todas as atividades do festival são gratuitas.

Nesta itinerância nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental apresenta um recorte da programação de sua sétima edição, que aconteceu em São Paulo, de 31/05 a 13/06. Estarão representados nos eventos cariocas os seguintes panoramas: a Mostra Internacional Contemporânea, a Competição Latinoamericana, a Homenagem a Chico Mendes e o Concurso Curta Ecofalante (mostra competitiva de curtas universitários).

Na Mostra Internacional Contemporânea, serão apresentados 12 títulos, entre curtas e longas-metragens, representando 14 diferentes países (há duas coproduções). Os filmes discutem temas como ‘campo’, ‘cidades’, ‘consumo’, ‘povos & lugares’, ‘preservação’ e ‘trabalho’. Esses filmes serão apresentados no CCBB e no Cine Arte UFF.

Dentre os destaques desta seção está o longa australiano “Triste Oceano” (de Karina Holden), documentário que é um alerta sobre o fato de que metade de toda a vida marinha do planeta foi perdida nos últimos 40 anos. O filme focaliza a luta de alguns ativistas para chamar a atenção sobre a necessidade de mudanças urgentes em nossas atitudes a fim de preservar a biodiversidade marinha. A projeção do filme no Cine Arte UFF, no dia 02/08,
quinta-feira, às 19h, será seguida de um debate em torno do tema ‘Mudanças Climáticas’ com, entre outros, a advogada Alice Amorim, especialista em questões legais envolvendo meio ambiente e mudanças climáticas.

Outro destaque é a coprodução entre Noruega e Reino Unido Obrigado, Chuva (de Julia Dahr), filme em que a cineasta acompanha um pequeno agricultor queniano para registrar os impactos das mudanças climáticas em sua vida. A obra foi selecionada para os festivais IDFA – Amsterdã, CPH:DOX e Hot Docs. Sua diretora foi eleita pela Forbes como uma das 30 personalidades jovens que estão definindo a mídia mundial. A sessão deste filme, no CCBB, no dia 03/08, sexta-feira, às 18h, será seguida de um debate também sobre o tema ‘Mudanças Climáticas’, com a diretora executiva do ICS – Instituto Clima e Sociedade, Ana Toni.

Outros destaques importantes são “Dinheiro Amargo” (dirigido pelo importante documentarista chinês Wang Bing, duplamente premiado em Veneza), “Cidadã Jane: A Luta pela Cidade” (de Matt Tyrnauer, longa-metragem sobre a ativista Jane Jacobs, que em meados do século 20 esteve envolvida em uma série de lutas contra o brutal processo de gentrificação da cidade de Nova York) e “Sociedade do Almoço Grátis” (de Christian Tod, que trata sobre a possibilidade de uma renda básica para todos os cidadãos, confrontando a opinião de especialistas e figuras-chave de diversas escolas de pensamento, da ala neoliberal à esquerda utópica).

O CCBB Rio recebe ainda a Competição Latino-americana, em que serão exibidos 23 dos filmes, entre longas e curtas-metragens, que concorreram ao Prêmio de Melhor Filme Latino-americano da 7ª Mostra Ecofalante. Entre os exibidos, destacamos os vencedores pelo júri das categorias Melhor Longa e Melhor Curta-metragem Latinoamericanos, respectivamente: “Dedo na Ferida” (de Silvio Tendler) e “Abigail” (de Valentina Homem e Isabel Penoni). Também será mostrado o vencedor da categoria Melhor Filme pelo público, “Ser Tão Velho Cerrado” (de André D’Elia). O público carioca ainda poderá apreciar os dois filmes que obtiveram a menção honrosa pelo júri: o médiametragem “Sob a Pata do Boi” (de Márcio Isensee e Sá) e o longa “Estado de Exceção” (de Jason O’Hara).

Outro destaque importante é “Krenak“, de Rogério Corrêa, uma história da tribo indígena Krenak, desde a declaração da “guerra justa”, pelo rei português D. João 6º em 1808, até o desastre ambiental no Rio Doce, causado pela ruptura da barragem de minérios em Mariana, em 2015. As sessões do filme acontecem no CCBB, no dia 06/08, segunda, às 16h30 e 12/08, domingo, às 19h.

Já “Ser Tão Velho Cerrado“, que entra em cartaz no dia 09/08 e tem première carioca neste festival, denuncia o processo de degradação que vem sofrendo o cerrado brasileiro, graças, entre outros, à invasão do agronegócio na região. O filme também aborda a luta e a busca de alternativas dos moradores da Chapada dos Veadeiros para a
preservação e o desenvolvimento de sua região. A projeção deste filme acontece no dia 08/08, quarta-feira, às 19h, no CCBB.

“Estado de Exceção“, que obteve Menção Honrosa de melhor longa pelo júri da 7ª Mostra Ecofalante, focaliza, às vésperas da Copa do Mundo da FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, uma comunidade indígena urbana ameaçada de despejo. Filmado ao longo de seis anos, o filme retrata como, à medida em que os megaeventos começam a ameaçar uma série de outras comunidades, os residentes se unem para lutar em defesa
dos seus direitos constitucionais. As sessões do filme acontecem no CCBB, no domingo, 05/08, às 18h30 e na sexta-feira, 10/08, às 17h.

Após a exibição de “Dedo na Ferida”, no dia 06/08, segunda, às 18h30, no CCBB, o veterano documentarista Silvio Tendler, de “Os Anos JK – Uma Trajetória Política”, “Jango” e “O Veneno Está na Mesa”, conversará com público espectador presente. “Dedo na Ferida” discute a financeirização da economia e o fim do Estado de Bem-estar Social,
processos que vêm acarretando uma visível degradação na condição de vida da esmagadora maioria das pessoas e o aumento da desigualdade social no mundo.

Outro filme cuja projeção será seguida de um bate-papo com seu realizador, Márcio Isensee e Sá, é a produção carioca “Sob a Pata do Boi”, que trata da criação de gado na Amazônia (hoje, são 85 milhões de cabeças de gado, três para cada habitante da região) e de como a pecuária vem se tornando as bandeiras econômica e social da região. A sessão deste filme acontece no CCBB, no dia 04/08, sábado, às 18h30.

O Melhor Curta-metragem da mostra competitiva, “Abigail” (de Isabel Penoni e Valentina Homem), retrata a indigenista Abigail Lopes, que, na década de 1950, travou contato com os índios Xavantes e esteve em missões comandadas pelo sertanista Francisco Meireles e hoje vive uma casa aberta de memórias quase extintas. O filme esteve na Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Suas sessões acontecem no CCBB, nos dias 03/08, sexta, às 16h15 e 11/08, sábado, às 17h.

A Competição Latino-americana conta ainda, entre outros, com os curtas “Estás Vendo Coisas”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, selecionado para o Festival de Berlim e vencedor do prêmio Canal Brasil no Festival de Vitória e “O Delírio é a Redenção dos Aflitos”, que esteve selecionado em Cannes, na seção Semana da Crítica e foi premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro como melhor direção, melhor roteiro e melhor direção de arte.

Completando a programação de longas latino-americanos, estão: “Água Mole Pedra Dura” (de James Robert Lloyd e Flávia Angélico), uma investigação sobre a maior crise hídrica da história de São Paulo; “Quilombo Rio dos Macacos” (de Josias Pires Neto) sobre o conflito pela propriedade daquela terra de uso tradicional, que é também reivindicada pela Marinha, o filme documenta graves violações de direitos humanos, registra processos de negociação e aspectos culturais, simbólicos e características do território; “Rio Verde, O Tempo dos Yakurunas” (de Alvaro Sarmiento e Diego Sarmiento), uma jornada poética pelas profundezas da Amazônia guiado por cantos ayahuasca; “Espólio da Cidade” (de Paulo Murilo Fonseca e André Turazzi), que aborda a tensão entre memória e desenvolvimento urbano, além da complexidade das questões ligadas a preservação e a conservação do patrimônio arquitetônico da cidade de São Paulo; e o chileno “Terra Solitária” (de Tiziana Panizza), sobre um dos mais isolados lugares habitados do planeta, a Ilha de Páscoa, destino turístico que já serviu de prisão.

A sessão em homenagem a Chico Mendes, que lembra os 30 anos de seu assassinato, traz o longa “Crianças da Amazônia” (de Denise Zmekhol). Nele, percorremos com a cineasta a rodovia BR 364, 15 anos após sua última passagem pela região, momento em que encontrou Chico Mendes, denunciando as mudanças e degradações ocorridas em nome do progresso.

A mostra competitiva Concurso Curta Ecofalante selecionou nove filmes, oriundos de instituições de ensino de Brasília, Mato Grasso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. São eles: “Árvore de Sangue” (UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro), de Igor Leite Araújo; “Carne e Casca” (AIC – Academia Internacional de Cinema), de Dani
Drumond; “Concreta Memória” (É Nóis na Fita – Curso Gratuito de Cinema), de Vitor Xavier; “Dos Antigos aos Filhos do Amanhã” (PUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), de Leonardo A. Gelio; “Òpárá de Òsùn: Quando Tudo Nasce” (Unirio – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), de Pâmela Peregrino; “Vazio do Lado de Fora” (UFF – Universidade Federal Fluminense), de Eduardo Brandão Pinto; “Outro Fogo” (de UnB – Universidade de Brasília), de Guilherme Moura Fagundes; “O Conto do Burro Amarelo” (UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais), de Diana Mendes; e o grande vencedor do Prêmio de Melhor Curta Universitário, “Xavante:
Memória, Cultura e Resistência” (UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso), de Gilson Costa.

Debates

Além das projeções, o festival promove também cinco debates e dois bate-papos com realizadores (Márcio Isensee e Sá, diretor do filme “Sob a Pata do Boi”, no dia 04/08, sábado, às 18h30, no CCBB; e Silvio Tendler, diretor do filme “Dedo na Ferida”, no dia 06/08, segunda, às 19h, no CCBB).

Em parceria com o ICS – Instituto Clima e Sociedade, a mostra promove dois debates em torno do tema ‘Mudanças Climáticas’. 

O primeiro, acontece no dia 02/08, quinta-feira, logo após a exibição do filme “Triste Oceano”, às 19h, no Cine Arte UFF e contará com a presença da advogada do ICS, Alice Amorim, especialista em questões legais envolvendo meio ambiente e mudanças climáticas.

O segundo debate sobre o tema acontece em seguida à sessão de “Obrigado, Chuva”, no dia 03/08, sexta-feira, às 18h, no CCBB. Ele contará com a presença da diretora executiva do ICS, Ana Toni.

Os outros três debates estão sendo promovidos pela Mostra Ecofalante em parceria com a UFRJ e o Cineclube Pedagogias da Imagem, da Faculdade de Educação da UFRJ e acontecem logo após as sessões.

Sessões na UFRJ

Em parceria com a UFRJ, a Faculdade de Educação e o Secult – Setor de Cultura, Comunicação e Divulgação Científica e Cultural, a Mostra Ecofalante está promovendo, dentro do espaço do Cineclube Matinê Pedagogias da Imagem três sessões seguidas de debate. Elas acontecem nos dias, 7, 14 e 21/08, sempre às 10h, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas “Manoel Maurício de Albuquerque”. Os filmes exibidos são:

Às Margens” (12’) e “Cidadã Jane: A Luta pela Cidade” (dia 7/08); “Corp” (9’) e “Dedo na Ferida” (14/08); e “Imigrantes Digitais” (21’) e “Sociedade do Almoço Grátis” (21/08).

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