Crítica | Alguma Coisa Assim

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Em 2006, Esmir Filho e Mariana Bastos eram premiados em Cannes com um curta de 15 minutos acompanhando dois amigos ou “Alguma Coisa Assim”. O curta, que pode ser assistido aqui, mostra Mari (Caroline Abras) e Caio (André Antunes) em meio as luzes e neons da Rua Augusta em São Paulo, curtindo a vida. Apenas quando Caio dá um beijo em um menino, Mari percebe que poderia haver algo mais dentre dela que ainda não conseguiu rotular.

Baseado neste curta, Esmir e Mariana resolvem nos mostrar um pouco mais dessa história e encontrar os mesmo personagens em outros momentos das suas vidas. O longa Alguma Coisa Assim nos mostra o casal de amigos em três diferentes momentos. O primeiro é o que vimos no curta (usado quase em sua totalidade aqui), o segundo se passa sete anos depois com Caio convidando Mari para ser sua madrinha de casamento, e por fim, em 2016, Mari está morando em Berlim e recebe Caio já separado, quando ele faz uma visita à cidade para continuar sua pesquisa sobre Embriologia e Inseminação.

Mesclando esses três momentos, o longa nos apresenta novos olhares do que pode ser esse sentimento indefinido entre os dois. Se, ao ser chamada para ser madrinha, Mari aceita – ainda que contestando a necessidade de casamento entre um casal gay – quando o recebe em sua casa o sentimento entre os dois aflora e faz renascer desejos até o momento não saciados.

A riqueza de Alguma Coisa Assim encontra-se na perceptível evolução, dos personagens; dos atores – Caroline Abras iniciou sua carreira no curta e hoje vem despontando nas produções audiovisuais nacionais enquanto André Antunes interrompeu sua carreira após a realização do curta em 2006 e retornou ao cinema através do longa homônimo; e dos próprios diretores.

A fotografia consegue captar bem essas transições entre as épocas e cenários, seja no Neon da Augusta ou na Berlim clean. A montagem de Caroline Leone (Pela Janela) demonstra sensibilidade e transita entre os períodos com maestria.

Ao fim, percebe-se que o relacionamento entre Mari e Caio é apenas um pano de fundo para algo maior. Em meio a uma sociedade que gosta de rotular tudo, o roteiro também assinado pela dupla de diretores, levanta questionamentos sobre sexualidade, aborto e representatividade.

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