Crítica | Eu Só Posso Imaginar cativa e emociona o público com uma bela mensagem

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H.R. Rookmaaker diz em um dos seus livros que “a arte não precisa de justificativa”. Uma canção, um quadro, uma fotografia. Se o autor não explicar porque criou aquela obra pode ter impacto e significado diferente nas vidas das pessoas.

I Can Only Imagine” é uma dessas obras que sem o público saber qual foi a situação em que foi escrita, ajudou pessoas em situações de dor, consolou em momentos de luto e foi oração de muita gente ao redor do mundo. A música da banda MercyMe, escrita por seu vocalista Bart Millard na década de 1990, esteve no topo das rádios nos EUA por meses. Aqui no Brasil, a música ganhou uma versão na voz de Chris Durán em 2004. Agora a música ganhou a sua própria cinebiografia, ou do seu autor, já que a mesma é resultado de sua vida.

O filme acompanha Bart Millard – interpretado por J. Michael Finley como adulto e por Brody Rose na versão infantil – narrando a história da composição que foi escrita em 10 minutos, mas foi resultado de uma vida inteira. O pai de Bart, vivido por Dennis Quaid, sempre foi abusivo, agredindo ele desde criança e sua mãe, o que gerou um relacionamento conturbado. Dessa relação difícil e a fé que isso tudo iria melhorar nasceu a canção.

Ambientado no Texas, o filme tem a fotografia mais amarelada possível e se é filme de música tem que ter uma boa trilha sonora. E o filme acerta em cheio nesses dois elementos que consegue compor a melancolia e a carga dramática que o filme tenta trazer.

Dennis Quaid, talvez o mais experiente do elenco, nos faz odiar totalmente o pai, mas consegue também levar o público junto em uma jornada de redenção. Porém, quem chama atenção mesmo no filme é o elenco infantil. Destaque para Brody Rose que carrega consigo todo o drama que o texto exige e nos faz sentir a dor da criança que teve esse tipo de relacionamento com o pai. Taegen Burns, em seu pouco tempo de tela, quebra um pouco do peso do filme e nos faz viver cenas que facilmente relembram o filme “Meu Primeiro Amor”.

Entretanto, o ritmo acelerado do roteiro que precisa contar tanta história em 110 minutos prejudica a atuação de J. Michael Finley, que nem sempre consegue entregar essa montanha russa de sentimentos. Existem coisas que precisavam ser mostradas e são deixadas de lado, outras estão lá, mas ninguém se importa. Entre falar e mostrar, o roteiro de Jon Erwin, Alex Cramer e Brent McCorkle opta por falar e deixa algumas lacunas abertas.

Há algumas coisas que o só o público cristão vai entender, como piadas com partes difíceis de entender da Bíblia ou a importância de cantores como Amy Grant e Michael W. Smith na difusão da canção.

Eu Só Posso Imaginar consegue cativar e emocionar o público (não foram poucas as pessoas que saíram em lágrimas da sessão que estive). E, assim como a música, brada uma mensagem de perdão, esperança, sonhos e redenção. Então, que essa mensagem se perpetue!

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