Crítica | Deadpool 2

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Apostando na categoria ‘R’ (classificação indicativa norte americana que só permite menores de 17 anos entrarem no cinema acompanhados dos pais) Deadpool, o Mercenário Tagarela dos quadrinhos da Marvel Comics, fazia a sua primeira aparição [decente] nos cinemas. Diferenciando-se dos demais filmes do gênero por seu senso de humor escrachado (evidenciado já em suas campanhas publicitárias) e por suas altas doses de violência, o anti-herói conquistava atenção do público em geral e se expunha através de uma nova perspectiva para os fãs de longa data. Hoje, Deadpool 2 marca o retorno do mutante às telonas – ainda mais insano e zombeteiro.

Na sequência, Wade Wilson (Ryan Reynolds) busca conciliar sua vida de mercenário com a vida em casa ao lado de sua namorada Vanessa (Morena Baccarin). Entretanto, sabe-se bem que as coisas não serão fáceis para Deadpool, uma vez que a chegada de Cable (Josh Brolin) é iminente – e ele está bem determinado. O ciborgue, já conhecido das HQs, não atua somente como um mero acréscimo: é uma das melhores coisas do filme. Josh Brolin trabalha com extrema competência e, no melhor estilo Exterminador do Futuro, entrega o Cable que se é esperado pelos fãs.

O Universo dos X-Men mais uma vez sofre uma expansão no cinema. Além do retorno de personagens que já haviam marcado presença no primeiro filme, como os X-Man Colossus (Stephan Kapicic) e Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand), e do já mencionado Cable, novos mutantes dão as caras. É o caso de Dominó (Zazie Beetz) e outros integrantes da equipe formada por Deadpool para conter Cable: a X-Force. Dos membros do time, Dominó é a única a ter seus momentos de brilho e ser realmente desenvolvida. Isso, porém, acaba não sendo um problema, uma vez que os outros fazem parte de uma grande piada no contexto do filme, funcionando perfeitamente para a função que foram destinados a cumprir.

Mais uma vez a comédia presente no filme é impecável e seu ponto mais alto, fator esse possibilitado pela já conhecida excelente performance de Ryan Reynolds. Fazendo inúmeras referências a várias obras do  Mundo da Cultura Pop (zombando da maioria delas na verdade), o roteiro conta com excelentes piadas, todas de muito bom gosto, sem precisar apelar para algo pejorativo. Sempre cutucando tudo e todos, Deadpool sabe, acima de tudo, fazer piada consigo mesmo, tornando a experiência ainda mais leve e descontraída. Por ser um filme extremamente dependente do humor, Deadpool 2 perde um pouco de seu fôlego em uma tentativa de explorar os dramas internos de seu protagonista. Além de quebrar um pouco com o ritmo do filme, as cenas mais sensíveis acabam por transparecer a dificuldade do personagem em se relacionar com o público utilizando de outros artifícios que não o humor.

Uma outra novidade do longa é a direção de David Leitch. O diretor de John Wick sabe mesclar perfeitamente ótimas coreografias aos poderes dos personagens e efeitos especiais, criando assim grandes cenas de ação que, somadas ao humor de Deadpool, moldam o filme por completo e criam ótimos momentos para o espectador. Apesar da bela montagem e do aumento no número de personagens com habilidades especiais, diferentemente de seu antecessor,  o filme é contido e não tenta se passar por algo grandioso quando, na verdade, não é.

Vale dizer também que, assim como o primeiro, este é um filme momentâneo. Todas as suas piadas e referências funcionam muito bem da primeira vez, mas sem o fator surpresa  parte de sua força é perdida. Por fim, pode-se dizer que, apesar de suas  dificuldades serem sentidas, principalmente no que diz respeito ao aprofundamento de seu protagonista, o novo longa do Mercenário Tagarela se sai bem e acaba sendo uma grata experiência. De forma geral, Deadpool entrega novamente  o que de si é esperado, chutando várias bundas, fazendo ótimas piadas e proporcionando bastante diversão para o público. Os fãs certamente ficarão satisfeitos – e se não ficarem, Deadpool está pouco se fo@#$d*.

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