Crítica | A Trama

Array
Publicidade

Quais as motivações existentes por trás de uma história, seja um roteiro de um filme ou de um livro? Será que o autor concorda com tudo o que está escrevendo? São essas perguntas que servem como base para A Trama, de Laurent Cantet.

O filme conta a história de um grupo de jovens participantes de uma oficina de roteiro com a renomada autora Olivia (Marina Foïs), juntos terão que escrever um thriller. Durante o processo, um dos jovens da turma, Antoine (Matthieu Lucci), começa a despontar por seus textos violentos e o que pode motivá-los.

A Trama carrega uma forte mensagem política e atual. A maior parte do filme se passa na mesa da oficina composta por alunos de diversas raças, classes e posições políticas, e quando precisam fazer uso da história do país, cada um precisará descobrir um pouco da sua história e trará seus pontos de vista. E é nessa roda onde cada um irá apresentar suas particularidades morais e afinidades pessoais. Antoine se destaca como um jovem isolado, tímido, porém com ideias reacionárias, o que desperta Olivia a querer entender a fonte da construção dos seus ideais.

Muitos são as situações atuais que podemos incluir em A Trama, tanto no Brasil com os seguidores de Bolsonaro, como no mundo inteiro (Guerra da Síria, Atentados de Nice e do Bataclan), todos os lados são ouvidos e discutidos aqui, ainda que superficialmente.

Com um roteiro sustentado pelo debate, Cantet falha ao tentar incluir no filme um thriller policial com uma cena de sequestro que tenta fortalecer o objetivo do filme, mas não chega a lugar nenhum.

Qual o limite entre “A Trama” da vida real e “A Trama” fictícia? Cantet não ousa responder, mas abre o debate e deixa questionamentos pertinentes para os nossos dias.

O filme está disponível para aluguel e/ou compra nas seguintes plataformas de streaming: NOW (R$11,90), VIVO PLAY (R$ 11,90), Google Play (Compra R$ 29,90 Aluguel R$9,90), iTunes (R$ 11,90).

Última Notícia

Mais recentes

Publicidade

Você também pode gostar: