Crítica | Jogos Mortais: Jigsaw

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É bem perceptível que de alguns anos para cá vivemos um momento em que os estúdios têm investido em retornos triunfais (ou não) de grandes franquias. Alguns indicam que as apostas servem de escape para uma crise criativa em hollywood, outros acham que se deve à situação econômica, que exigiria produções com maior garantia de lucro. Independentemente do motivo, a verdade é que essa fase está fazendo com que consagradas franquias retornem apenas para que “fechemos seu caixão”. E, infelizmente, é o caso de “Jogos Mortais: Jigsaw”.

Fanático por filmes de terror, incluindo a franquia em questão, aguardava ansiosamente o retorno de John Kramer após sete anos de seu último filme. A premissa da nova obra, conduzida pela direção dos irmãos Michael Spierig e e Peter Spierig, era animadora: as pistas de uma série de assassinatos apontam para o retorno de Kramer, o assassino mais conhecido como Jigsaw, morto há mais de uma década.

A fórmula tradicional consagrada nos outros filmes está de volta na oitava produção: vítimas aleatórias, consideradas pelo assassino como merecedoras, são postas à prova em uma sequência sanguinolenta de tortura em busca de uma suposta redenção. Em paralelo, uma investigação suspeita aponta para a possibilidade de que um seguidor de John seja o responsável pelas obras.

É importante destacar que um dos fatores mais cativantes para os fãs da franquia sempre foi o fato de que as mortes conduzidas por Jigsaw não eram gratuitas, ao menos não dentro do contexto da obra. O assassino sempre tinha um propósito lógico que conduzia suas ações e através do qual ele elaborava inúmeras e engenhosas armadilhas que exigiam inteligência e geravam tensão devido à sua complexidade. Uma das principais falhas dedo novo filme está justamente nesse ponto. Revelado apenas no final, o motivo por trás das ações do assassino é óbvio e previsível, sem nem mesmo ser explicado direito. Além disso, as vítimas são confrontadas com desafios simplistas e mal elaborados, onde a tensão é direcionada mais à demora nas tomadas de decisões por parte dos personagens do que na dificuldade das armadilhas em si.

 

Com atuações sofríveis, os atores e lembram iniciantes de pequenas franquias. Seja através das entonações nos diálogos ou nas expressões faciais, raramente somos impactados com a gravidade real das situações, sem falar nas enormes falhas de desenvolvimento dos personagens.

Talvez para tentar amenizar os furos de roteiro, o filme apresenta um baita plot twist no terceiro ato, mas até isso perde o impacto devido ao ritmo enfadonho do filme. Na verdade, ao final a sensação é de que existia uma boa história por trás dos acontecimentos, mas para contá-la em toda sua densidade seriam necessárias mais umas duas horas de filme.

Verdade seja dita “Jogos Mortais: Jigsaw” não é um filme ruim, mas passa longe de trazer de volta o peso que a história de John Kramer tinha dez anos atrás.

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