TARANTINO | Após romper com Weinstein, diretor busca estúdio para novo filme

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No início do mês de outubro, o produtor de cinema Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual e estupro por inúmeras atrizes e ex-funcionárias, e colocou pontos de interrogação em inúmeras produções – inclusive as que ainda nem saíram do papel. Por causa do escândalo, Quentin Tarantino, que trabalhou com o produtor durante toda sua carreira desde Pulp Fiction, está em busca de um estúdio para realizar seu projeto sobre a Família Manson.

Durante mais de duas décadas, foi impossível dissociar o nome de Tarantino da figura de Weinstein. O cineasta, que recentemente se declarou “envergonhado” por não ter agido antes contra Weinstein e reconheceu que “sabia o suficiente para fazer mais” do que fez, teve a carreira impulsionada pelo produtor, um dos primeiros a apostar em seu potencial. De fato, as fortes campanhas de Weinstein ao Oscar e sua extensa influência ajudaram a elevar Tarantino ao primeiro escalão do cinema mundial.

Segundo o TheWrap, o cineasta está convidando os executivos das majors de Hollywood – incluindo Warner, Universal e Paramount – ao escritório de seu agente e promovendo leituras de seu mais recente roteiro, que conta as histórias dos assassinatos cometidos pelo assassino em série Charles Manson e seus seguidores, durante a década de 1960 nos Estados Unidos. Fontes da reportagem afirmam que o diretor escolheu conduzir as negociações desta forma para assegurar o sigilo do script; vale lembrar que o texto de Os Oito Odiados teve que ser substancialmente modificado porque a primeira versão vazou na internet.

Ainda, o processo de compra dos direitos do projeto deve ser dividido em duas etapas: primeiro, os executivos terão uma reunião com os representantes de Tarantino e, se convencerem os agentes, terão um encontro de negócios com o próprio realizador em seguida. Ainda não se sabe se companhias de streaming como a Netflix e o Amazon Prime entrarão nas rodadas de negociações, mas considerando que o diretor não é um fã das novas plataformas, as produtoras tradicionais devem sair na frente na disputa.

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