Critica | Arrow – 5° temporada

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É quase unanimidade entre os fãs de Arrow que a terceira e quarta temporada da série a estavam levando direto para o fundo do poço. Entretanto, com o fim da quarta temporada e a morte da Laurel Lance, parecia que a série passaria por uma série de reformulações. E, graças a Deus, foi o que aconteceu! Quase que voltando aos seus dias de glória, a quinta temporada de Arrow deu indícios de que teremos nosso querido Arqueiro Verde de volta.

Antes de tudo é bom lembrar que Arrow é um herói urbano, ou seja, sem superpoderes como seus outros companheiros do universo estendido. E, se as duas temporadas anteriores e suas tramas megalomaníacas conseguiram dar origem à excelentes séries como The Flash e Legends Of Tomorrow, o fizeram as custas de diminuir o nível de qualidade apresentada na produção que conta a vida do arqueiro. A história sempre se repetia: um vilão queria acabar com Star City, a morte sendo banalizada com tantas idas e vindas. Mas de repente (graças a Deus mais uma vez) os produtores perceberam que tratar coisas sobrenaturais na trama central não era bem a pegada da série.

Arrow só tinha uma opção na atual temporada: acertar! E, ao menos ao que parece, esse caminho foi costurado à medida que os episódios avançavam. A nova etapa foi uma constante volta as origens de Oliver Queen, desde os personagens, história, até mesmo os famigerados flashbacks.

A decisão de mudar o time também foi algo que não engatou de cara, mas aos poucos achou seu caminho. Rene, o Cão Raivoso (Rick Gonzalez), sem dúvida foi a melhor adição à trupe, trazendo uma carga dramática que deu às cenas com o Quentin Lance (Paul Blackthorne) uma química incrível. Já Curtis (Echo Kellum), demorou para conseguir convencer. E isso só foi possível quando desistiram de colocá-lo no time pela força braçal e optaram por destacar sua habilidade com tecnologia através da criação das esferas T. Diggle, após algumas aventuras sem sucesso no exército, também voltou ao time. Já a chegada de Dinah Drake (Juliana Harkavy) para assumir a vaga da Canário Negro foi, a priori, uma solução narrativa ridícula (usar o primeiro nome de Laurel para convencer Lance de que ela poderia substituí-la foi forças MUITO a barra), mas acabou trazendo à equipe uma integrante de personalidade forte e madura. Uma coisa é fato: nao importa o quanto todos amemos a Katie Cassidy, trazer a Laurel da Terra 2 não animou ninguém. O melhor que eles fazem é deixar essas confusões de multiverso apenas em Flash.

E, se a palavra do ano parece ser “empoderamento”, foi necessário dar um tempo no relacionamento desgastado de Oliver e Felicity para que a nossa hacker favorita crescesse de maneira independente. O arco com a Helix trouxe de volta o potencial de inteligência que fez com que a personagem começasse a trabalhar com o herói na primeira temporada.

Sejamos justos, o verdadeiro destaque da 5ª temporada foi o vilão. Adrian Chase (Josh Segarra), conseguiu fazer com que Oliver sofresse tanto quanto o herói sofreu nas mãos de Slade Wilson, melhor antagonista até então. Prometheus tortura tanto o Arqueiro, que acaba transformando a vida do herói em um verdadeiro inferno. E tem mais: o fato de Prometheus ser consequência das escolhas passadas de Oliver conseguiu até mesmo extrair mais da atuação de Stephen Amell, fator que não já vinha lá essas coisas. Nem mesmo a estonteante revelação da identidade do vilão antes da season finale deixou o personagem cair.

Uma coisa é inegável: chegar ao episódio 100 não é para qualquer série e Arrow fez isso com muita glória. Como parte do megacrossover entre as séries de heróis da CW, o episódio trouxe de volta personagens que estiveram presentes nas temporadas anteriores, como uma verdadeira homenagem à produção e aos fãs.

Se cinco foi a quantidade de anos que Oliver esteve longe de Star City, foi também a quantidade de temporadas que estivemos presos nos flashbacks que pareciam não acabar mais. Esses eventos tem início exatamente onde a temporada anterior parou, com Oliver em busca de cumprir sua promessa de matar Konstantin Kovar feita a Taiana. Desde então pudemos conhecer a história de sua entrada na máfia russa Bratva, sua relação com Talia al Ghul, sua transformação em Arqueiro Verde e consequentemente, o final dos flashbacks apontando para o episódio piloto da série.

Ainda ao final da temporada, temos a explosão de Lian Yu, que pode ser apenas um cliffhanger que vai ter um desenrolar medíocre no começo da sexta temporada ou mostrar que um reinício é realmente tudo o que a série precisa. Zeramos os flashbacks, zeramos os pesos do passado e agora queremos nosso vigilante sombrio de volta!

É bem verdade que não foi a melhor temporada de Arrow, mas foi de longe melhor que as duas anteriores. Os episódios fillers não ajudaram muito, mas o esforço para salvar a série foi notório. A nós, resta esperar e torcer que a série continue a crescer como outrora.

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